Segundo o Sebrae, três a cada quatro brasileiros alimentam o sonho de ter opróprio negócio. As franquias, que possuem modelos de negócios testados e aprovados no mercado, com baixas taxas de mortalidade, aparecem como ótimas opções para os empreendedores de primeira viagem. Porém, não são todos que conseguem dispor do capital necessário para investir na aquisição de uma unidade.

Segundo dados publicados no Portal do Franchising, enquanto a taxa de mortalidade de pequenas empresas, com até 2 anos de funcionamento, é de 23%, as franquias na mesma condição têm índice de apenas 3%.  O segmento cresceu 8%, se comparado ao mesmo período do ano anterior. 

Atentos aos números expressivos do setor, e a projeção de crescimento, várias instituições financeiras oferecem linhas de crédito específicas para a abertura de franquias.

Como os franqueados geralmente passam por uma seleção da franqueadora e recebem todo apoio e consultoria da rede para fazer a empresa crescer, há menos chances de a franquia não dar certo. Por isso, os bancos entendem que os riscos são menores em emprestar o dinheiro para franqueados do que para outros tipos de empreendedores.

Alguns programas foram especialmente desenvolvidos para financiar quem quer investir em franquias. Alguns deles, como o FAMPE — Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas —, funcionam em parceria com o Sebrae, que entra como avalista do investidor nas linhas de crédito, o que acaba por reduzir as taxas de juros cobradas.

A CAIXA atua com duas linhas de financiamento voltadas para abertura de novas franquias. Em ambas o candidato a franqueado deve apresentar Plano de Negócios elaborado em conjunto com o franqueador. A linha mais utilizada é o PROGER — Programa de Geração de Emprego e Renda —, que financia aquisição de investimentos e capital de giro utilizando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou recentemente o Projeto Franquias, que vai ampliar o acesso do Cartão BNDES para o mercado de franquias no país. Para ter acesso ao cartão, as empresas devem ter sede no Brasil e faturamento de até R$ 300 milhões, além de estar em dia com os tributos.

Além dos bancos comuns, algumas redes franqueadoras também oferecem linhas de financiamento para abrir franquias.  Neste caso, geralmente as taxas são menores, e as garantias mais negociáveis que as praticadas pelo mercado de crédito.

 

Fonte: exame.abril.com.br/negocios/dino/linhas-de-credito-incentivam-crescimento-do-setor-de-franquias/