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A Acreditação na Odontologia

Fonte: Odonto Magazine. Ano 4, Nº 40 Maio de 2014

Nos anos 90, com o intuito de mensurar qualidade na gestão e no atendimento, as instituições passaram a se mobilizar para conquistar selos que certificavam a excelência nas atividades realizadas.

Segundo Heleno Costa Junior, coordenador de Educação e também assessor de Relações Institucionais do Consorcio Brasileiro de Acreditação (CBA), a origem da Acreditação esta associada com a criação da Joint Commission on Accreditation of Hospitals (JCAH) – Comissão Conjunta de Acreditação de Hospitais, em 1951, nos Estados Unidos, a partir da associação do Colégio Americano de Cirurgiões, da Associação Medica Americana, do Colégio Americano de Clínicos, da Associação Americana de Hospitais e da Associação Medica Canadense. Em 1919, a partir de um trabalho do Doutor Ernest Codman, nos Estados Unidos, foi proposta a criação do End esult system of Hospital Standardization (Sistema de Resultado Final para Padronização de Hospitais), a partir do qual foram criados os cinco padrões mínimos para a avalição de hospitais americanos. Com a adoção do sistema, o hospital poderia rastrear cada paciente para determinar o quanto o tratamento era efetivo.

“No Brasil, a iniciativa também partiu de associações de destaque, como a Academia Nacional de Medicina e o Colégio Brasileiro de Cirurgiões, por meio de contatos e atividades de visitas à Joint Commission Americana, assim como por meio de ações desenvolvidas ao longo das décadas de 1980 e 1990”, em 1998 foram criadas, no Brasil, as duas primeiras agencias acreditadoras, entre elas o Consorcio Brasileiro de Acreditação, que firmou uma parceria técnica com a Joint Commission Internacional (JCL),subsidiaria da empresa americana, ate hoje a maior agencia acreditadora em numero de instituições de saúde acreditadas no mundo.

Os fundamentos principais da Acreditação são a melhoria continua da qualidade e a garantia de segurança na execução dos processos de cuidado ao paciente. A logica atual das instituições consideradas de alta confiabilidade passa pela definição, desenvolvimento e monitoramento de um conjunto de padrões e critérios, como os da Acreditação em saúde, capazes de conduzir os profissionais a realizar procedimentos ou praticas seguranças e com qualidade estabelecida, para que possam ser medido, por meio de protocolos, diretrizes ou fluxogramas. “Essas praticas ou condutas profissionais devem ser monitoradas e mensuradas a partir de parâmetros confiáveis e reconhecidos, a partir do que, a instituição pode evidenciar e comprovar que tem um desempenho considerado satisfatório ou esperado, frente a padrões, como os dos manuais de acreditação internacional’’.

As instituições já acreditadas tem demonstrado resultados clínicos e gerenciais diferenciados, quando comparados com instituições não acreditadas.

O Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), que é o representante da Joint Commission Internacional (JCI) no Brasil, atuando por meio de um acordo de acreditação internacional conjunta, já tem instituições odontológicas em processos de educação, como parte de um programa de acreditação , embora ainda não tenha obtido o selo de acreditação propriamente dito.

O tempo necessário para uma instituição alcançar ou obter um selo ou certificado de Acreditação tem algumas variáveis importantes. Uma delas tem a ver com o tamanho e a complexidade, ou seja, quanto maior o numero de serviços e de atividades ou processos realizados, maior se torna o desafio de atender aos requisitos previstos nos manuais de Acreditação. “Outro fator de destaque é a capacidade de gestão da instituição, ou seja, a competência de seu grupo diretor ou de suas lideranças e profissionais em criar uma cultura e, consequentemente, ações efetivas voltadas para a melhoria da qualidade e segurança nos serviços. O número de profissionais envolvidos no processo também influencia o tempo de trabalho para a Acreditação. Portanto, não podemos estabelecer um prazo especifico, mas as instituições – com três ou quatro consultórios odontológicos -, para uma clínica considerada de médio porte, podem levar em media de 12 a 18 meses para alcançar um primeiro selo ou certificado de Acreditação”.

As vantagens de possuir a Acreditação Odontológica estão em primeiro lugar, relacionadas com o reconhecimento de um investimento que propicia a criação de um diferencial para alcançar excelência na qualidade e segurança de seus serviços. Outra vantagem direta é a garantia de que o paciente será atendido mediante processos pautados em padrões validados e reconhecidos no mundo, os quais dão maior oportunidade de resultados satisfatórios, uma vez que também são elaborados a partir de referenciais ou de parâmetros nacionais ou internacionais de saúde. “Outra questão importante é que o próprio selo de Acreditação leva os usuários do serviço a cobrar maio eficiência na prestação de cuidados, uma vez que a Acreditação deve ser divulgada pela instituição odontológica ou pelo profissional dentista, tão logo obtenha o selo ou certificado correspondente. Por fim, vale destacar o fato de que a acreditação tem validade e deve ser renovada a cada dois ou três anos, conforme o tipo de Acreditação adotada, o que faz com que a instituição tenha que manter ou ainda melhorar continuamente a qualidade e segurança dos seus serviços”.

“Hoje, o principal desafio é mostrar para os dentistas a importância de não subestimar os riscos. É preciso trabalhar continuamente para identificar e diminuir a incidência de erros. Isso é fundamental para a saúde do paciente, para a gestão da qualidade, em ultima instância, para a sobrevivência da própria clínica”, finaliza Maria Carolina Moreno.